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Jornalista formada pela Universidade Estadual de Londrina. Mãe da Anita e da Luísa.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

histórias do aniceto


Apresentei para a Anita esses dias um amigo muito querido meu, o Aniceto. Ele é um menino magrinho como o dedo mindinho, não gosta muito de comer, chora para ir na escola e é um pouquinho mau caráter. Coisa simples, como tentar enganar o Coelhinho da Páscoa e o Papai Noel. Com um detalhe, ele sempre se dá mal.
Eu fui apresentada a ele quando eu era criança. Quem me contou suas aventuras foi a minha avó Anita. Ela por sua vez, ouviu as histórias do Aniceto da mãe dela, minha Bisa Luiza. (Fácil identificar a origem dos nomes das minhas filhas, né).
Minha avó já inventou dezenas de histórias. As crianças da família sempre chegam para ela e pedem "Vó Nita, conta uma história do Aniceto! Mas eu quero uma inédita!". Até hoje eu me admiro com a sua capacidade de criar as histórias. Tem também aquelas que fazem muito sucesso e a criançada quer ouvir de novo. É muito engraçado ver as crianças corrigindo um detalhe ou outro que ela acaba mudando.
A histórias sempre tem um pézinho na realidade da criança que está ouvindo. É um jeitiho sutil de dar uma dica ou outra sobre comportamento, escola, família. As vezes a semelhança é tão grande que já teve criança interrompendo a história para dizer "É eu, né vó?".
Bom, seguindo esse raciocínio, eu me atrevi a inventar minha própria história. A Anita havia ganho uma bolsinha da minha mãe. Ela adorou. Coloca a bolsinha no braço, guarda coisinhas dentro, desfila com a bolsa. Resolvi contar a história do Aniceto que ganhou uma carteira do avô.

Aniceto: Mamãe, o vovô me deu esta carteira e se eu não usar ele pode ficar chateado, né?

Mãe: Isso Aniceto. Use sim. O vovô vai ficar muito feliz de ver que você gostou do presente.

Aniceto: (dengoso) Então mamãe...mas como eu vou usar a carteira se eu não tenho nem um dinheirinho para por nela?

Mãe: Ahh...é verdade. Deixa eu dar uma olhada na minha bolsa.

A mãe abre a bolsa e encontra uma nota de cinquenta reais e algumas moedas, num total de setenta e cinco centavos.

Mãe: Pronto Aniceto. Pode ficar com as moedas.

Aniceto: Não mamãe! Eu quero dinheiro e papel.

Mãe: Mas Aniceto, eu só tenho uma nota de cinqueta reais...não posso dar tudo isso para você.

Aniceto: Mas mamãe, o que eu vou comprar com setenta e cinco centavos???

Mãe: Ora, você pode comprar um bombom, balas...ou então você pode guardar e depois ir juntado mais algumas até você conseguir uma quantia que você possa trocar por uma nota de papel. É uma boa idéia, não? Prometo que sempre que eu tiver uma moedinha eu dou para você ir juntando.

Aniceto: Hum...tá...

Dez minutos depois...

Aniceto: Mamãe, tem mais moeda?

Mãe: Não Aniceto. Acabei de dar todas as minhas moedas para você.

Aniceto: Mas mamãe, assim vai demorar muito pra eu juntar as moedas.

Mãe: Paciência Aniceto... paciência...

Contei a história para a Anita, para o meu marido, meus pais e minhas irmãs. Afinal, todos conhecem o Aniceto. Queria saber se eu estava no caminho certo. A prova de fogo foi contar para a vó. E a resposta não poderia ter sido melhor. Ela disse que outro dia meus primos chegaram pedindo uma inédita e ela aproveitou para contar a minha.
Fiquei lisonjeada!
Um beijo Vó!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

do berço para a cama


Para quem ainda não sabe, sou mãe de duas lindas meninas: Anita - 1 ano e 2 meses e Luísa - 2 meses. Logo que a Anita nasceu, nós usamos um bercinho pequeno no nosso quarto até ela completar 4 meses. Depois disso nós a colocamos no seu próprio quarto num berço de tamanho normal (que inclusive foi o meu berço).
Com a chegada da Luísa em tão pouco tempo, eu havia decidido usar o bercinho pequeno no começo e depois comprar um outro berço maior para ela. No entanto, pensamos melhor e achamos que não teria porque ter dois berços grandes. Elas usariam por um tempo e depois eles teriam que ser encostados. Resolvi tentar passar a Anita para a cama e foi um Sucesso!
A Anita já tem uma rotina de sono bem certinha. Desde pequena dorme sozinha e no horário. Fiquei preocupada que ela pudesse começar a descer da cama ao invés de dormir, mas felizmente ela se adaptou muito bem.
Agora ao invés de nós irmos busca-la de manhã, ela que vem nos acordar. Uma delícia!
No próximo mês a Luísa vai "tomar posse" do berção. Espero que a Anita não se importe. Suas sonequinhas do dia ainda são nele.
Com a chegada do terceiro mês vou começar a usar a técnica do livro Nana Nenê com a Luísa. Num próximo post eu explico melhor. Para a Anita e para nós foi perfeito.